Estaria a NASA escondendo uma grande catástrofe com data marcada? Qual é a verdade sobre o asteroide de 2 km?
O asteroide 2002 NT7 (89959 2002 NT7), é um NEO (objeto próximo da Terra), com 2 km de diâmetro, descoberto no dia 9 de julho de 2002. O asteroide recém descoberto poderia ter passado despercebido, em meio a centenas de novos objetos que viriam a ser descobertos mais tarde, porém, algo chamou a atenção dos cientistas: sua trajetória.
O asteroide 2002 NT7 (89959 2002 NT7), é um NEO (objeto próximo da Terra), com 2 km de diâmetro, descoberto no dia 9 de julho de 2002. O asteroide recém descoberto poderia ter passado despercebido, em meio a centenas de novos objetos que viriam a ser descobertos mais tarde, porém, algo chamou a atenção dos cientistas: sua trajetória.
Créditos: NASA / NEO
O asteroide 2002 NT7 se tornou o primeiro objeto observado pelo programa de monitoramento NEO da NASA a ganhar um número positivo na Escala de Palermo (0,06). Para entendermos um pouco essa escala, ela tem a função de medir o risco de impacto de objetos com a Terra. Ela se parece com a Escala de Turim (que utiliza valores entre 0 e 10), porém, é mais detalhada e muito mais complexa. Na Escala de Palermo, o valor -2 representa um risco médio de impacto de 1%; o valor 0 indica uma probabilidade de impacto média igual a do risco médio, e o valor 2 indica que a chance de impacto é 100 vezes superior ao risco médio. Ou seja,
Na imagem podemos ver como a órbita do asteroide 2002 NT7 é altamente inclinada.
Créditos: NASA / NEO / JPL-Caltech
Créditos: NASA / NEO / JPL-Caltech
Por ter sido o primeiro objeto com risco considerável de colisão com a Terra, logo ele ganhou a atenção de vários cientistas, que refizeram os cálculos, e novas observações auxiliaram na previsão de sua trajetória. Alguns dias mais tarde, em 28 de fevereiro de 2002,
Conspiração? A NASA estaria escondendo um grande impacto com a Terra?
Como já era de se esperar, o asteroide 2002 NT7 foi (e ainda é) motivo de discussões e teorias mirabolantes. De acordo com sites especialistas em "teorias da conspiração", o Governo Norte-Americano teria emitido um comunicado para que a NASA retirasse imediatamente qualquer possibilidade de impacto do asteroide 2002 NT7 com a Terra, mesmo que essa possibilidade ainda existisse. Por outro lado, diversos cientistas não gostaram
Na opinião de Benny Peiser, da Universidade John Moore de Liverpool, na Inglaterra, seria prudente deixar claro para a sociedade que a trajetória do asteroide 2002 NT7 pode ser alterada por conta de atrações gravitacionais de outros objetos, e que futuras observações poderiam resultar em novas datas de colisão. Apesar disso, as chances são muito, muito pequenas, ou quase desconsideráveis, ao menos para esse asteroide.
O asteroide 2002 NT7 vai mesmo colidir com a Terra em 2019? E em 2060?
De acordo com a NASA,
no dia de sua máxima aproximação, em 13 de janeiro de 2019.
Créditos: NASA / NEO / JPL-Caltech
Já para 2060, não se sabe ao certo, já que sua trajetória pode sofrer alterações por conta da interação gravitacional com outros objetos. Até lá, não se sabe ao certo qual será a mudança orbital do asteroide, porém, podemos ver a previsão preliminar feita pela NASA:
Créditos: NASA / NEO / JPL-Caltech
De qualquer maneira, existem algumas formas de evitar colisões com a Terra, principalmente quando a data prevista de impacto é distante. Um ideia seria enviar mísseis que se chocariam contra o objeto, porém, a detonação iria apenas criar diversos fragmentos cuja trajetória não poderia ser prevista, o que poderia ser ainda pior. Uma das melhores maneiras de se evitar uma colisão com a Terra, de acordo com os cientistas, seria a deflexão. Engenheiros espaciais poderiam enviar uma nave até as proximidades do objeto em questão, que por sua vez, teria sua órbita alterada por conta da atração gravitacional da nave.
Esses métodos de interceptação não são 100% confiáveis, mas com certeza já seria uma carta na manga em uma hipotética futura colisão com a Terra.
Quais seriam os efeitos caso o asteroide 2002 NT7 colidisse com o nosso planeta?
Se um asteroide de 2 km atingisse a Terra, os efeitos seriam desastrosos! Os danos causados dependem muito da
O mais provável é que qualquer objeto vindo do espaço caia no oceano, a uma profundidade média de 1,5 km. Considerando que o asteroide seja misto (composto por rochas e metais), e que colidisse a um ângulo médio de 45°, os cálculos feitos pelo programa ImpactEarth mostram que o impacto liberaria aproximadamente 600.000 megatons de energia, abrindo um buraco no oceano de 31 km, criando uma grande cratera de impacto no fundo do mar, inicialmente com 15 km de largura por 5 km de profundidade.
Ilustração / Créditos: CORBIS
Se estivéssemos no litoral, a 80 km do impacto, por exemplo, seríamos atingidos pela radiação térmica em menos de 2 segundos, o que queimaria nossas roupas e causaria queimaduras imediatas de 3° grau, além de todas as árvores serem devastadas.
A onda de choque chegaria apenas 4 minutos após a colisão, e o som seria de 118 dB, tão alto quanto o bramido de um elefante africano.
E quando tudo parecesse ter acabado, teríamos uma surpresa cerca de 11 minutos após o impacto: uma mega-tsunami, com ondas monstruosas de aproximadamente 291 metros de altura, acabando com tudo que encontrasse pela frente.
Por sorte, esse não será o caso do asteroide 2002 NT7 em 2019. Pode até ser que algo parecido aconteça no futuro, mas no momento, não há qualquer asteroide em rota de colisão com o nosso planeta, até onde se sabe...
Imagens: (capa-ilustração/divulgação) / NASA / NEO / JPL-Caltech / CORBIS
Nenhum comentário:
Postar um comentário