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terça-feira, 4 de outubro de 2016

Superbactérias irão matar 1 pessoa a cada 3 segundos em 2050: como devo me proteger?

Nós estamos usando antibióticos da maneira errada e eles têm sido prescritos demais, inclusive em casos desnecessários. Quem disse isso foi a Organização Mundial da Saúde (OMS), depois da divulgação de um relatório sobre a questão da resistência aos antibióticos. Agora, um novo documento, este elaborado a pedido do governo do Reino Unido, mostra dados ainda mais alarmantes. Veja a seguir.


Tomar muito antibiótico: o que isso está causando?

De acordo com o documento, se nada for feito, uma pessoa morrerá vítima de uma superbactéria a cada 3 segundos no ano de 2050.
Isso acontecerá porque as bactérias causadoras de doenças que hoje circulam se tornarão "mais fortes" e, por isso, resistentes aos antibióticos que temos hoje disponíveis.
Segundo o relatório, entre os motivos que causaram essa situação de preocupação que hoje vivemos estão:
  • O uso indiscriminado de antibióticos, muitas vezes usados em casos que não seriam necessários;
  • A ausência de saneamento básico e tratamento de água, que aumenta a necessidade de antibióticos para tratar doenças como infecção intestinal e diarreia, por exemplo;
  • Uso excessivo na agricultura e pecuária;
  • Investimento baixo no desenvolvimento de novos medicamentos;
  • Baixa remuneração, quando comparada a de médicos de outras especialidades, oferecida a infectologistas e especialistas em HIV.

Como posso me proteger?

A primeira atitude proposta é uma campanha para alertar as pessoas para que não tomem antibióticos por conta própria, sem prescrição médica.
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Outra orientação é para que o diagnóstico de doenças se torne mais rápido, pois hoje em dia os antibióticos acabam sendo prescrito antes de que haja a confirmação através de exames de que há uma infecção bacteriana (situação em que essa classe de medicamentos é realmente necessária).
Também está recomendado o uso de outros métodos terapêuticos no combate a doenças bacterianas, como vacinas, fagoterapia (método em que um vírus é capaz de infectar as bactérias e curar doenças), lisinas (enzimas que agem sobre as bactérias), anticorpos, probióticos, estimulação imune e terapia com peptídeos.
Redução da utilização de antibióticos na agricultura e na pecuária, melhora do saneamento básico, aumento do investimento financeiro na área - principalmente para melhorar o pagamento dos profissionais que nela trabalham, criar novas drogas e melhorar as que já temos - e vigilância governamental do padrão de consumo de antibióticos também entram na lista.
Mais sobre bactérias resistentes: o que a OMS diz a respeito?


 - KF

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