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quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Homem que tentou matar o papa João Paulo II diz que quer ser padre

O turco Mehmet Ali Agca, que disparou contra o papa em 1981, foi solto em 2010 e se considera “o centro do terceiro segredo de Fátima”.



Mehmet Ali Agca, o homem que tentou matar o papa João Paulo II em 1981, disse em uma entrevista ao programa de televisão italiano Top Secret que deseja se tornar padre. “Aqui na Turquia vivo como um aposentado perdendo seu tempo”, disse ele. “Se o papa Francisco me acolher no Vaticano, serei sacerdote”, disse ele, cuja entrada na União Europeia está atualmente proibida.
“Depois que João Paulo II me visitou na prisão, pensei sobre isso e estudei bastante o Evangelho”, conta ele. “Conheço as Escrituras melhor que muita gente”. Ali Agca disse também que gostaria de viajar a Fátima, em Portugal, em maio, por ocasião dos cem anos da aparição de Nossa Senhora no vilarejo. “Quem sabe rezar ali, junto ao papa, a Nossa Senhora, minha mãe espiritual”, diz ele.
O atentado
Hoje com 58 anos, Ali Agca tinha 23 quando disparou três tiros contra João Paulo II, em 13 de maio de 1981 – dia de Nossa Senhora de Fátima. O atentado ocorreu em plena Praça de S. Pedro, enquanto o papa saudava os fiéis de cima do papamóvel. João Paulo II, atingido no abdômen, foi submetida a uma cirurgia de mais de cinco horas de duração, que retirou 55 centímetros de seu intestino.

O terrorista foi condenado a 19 anos de prisão, sendo em seguida extraditado para a Turquia, onde foi condenado a prisão perpétua pelo assalto a um banco e pelo assassinato de um jornalista nos anos setenta, pena depois comutada para dez anos de prisão.
Em dezembro de 1983, o papa o visitou na prisão, onde conversaram privadamente por vinte minutos. Em 2014, exatamente 31 anos depois, Ali Agca, solto em 2010, voltou pela primeira vez ao Vaticano. Na ocasião, depositou flores no túmulo do papa polonês e pediu um encontro privado com Francisco, o que foi negado. “Ele já pôs suas flores no túmulo de João Paulo. Acho que é o bastante”, disse Federico Lombardi, o então porta-voz do papa.
Em 2006, uma comissão parlamentar italiana concluiu que o atentado foi orquestrado pela União Soviética. A Rússia contestou a conclusão. Ali Agca, por sua vez, nunca deixou claro quem estava por trás do crime e sempre se definiu como um mercenário sem afiliações políticas. O terrorista deu diversas versões contraditórias sobre o atentado. Em uma ocasião, chegou a acusar o próprio Vaticano de organizá-lo, mas, admite agora, “era só por raiva contra a Igreja”.
Hoje, ele diz que “a única pista” sobre as razões do atentado são as aparições de Nossa Senhora de Fátima. “Deus quis que eu disparasse contra o papa e depois lhe salvou a vida. Ponto final. Eu estou no centro do terceiro segredo de Fátima”, afirma. Em 2010, quando foi solto, Ali Agca fez declarações bizarras, afirmando ser “o Cristo Eterno” e “o supremo servo de Deus no universo” e contestando o Evangelho. “Vou escrever o Evangelho perfeito”, disse.
Com informações de Il Giornale e UCatholic

- KF 

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